terça-feira, 18 de novembro de 2008

FALEMOS DE GALINHAS E PROLETÁRIOS

A escola fracassou, e precisa admitir o fracasso, para recomeçar. Da mesma forma que um dependente químico só se torna sujeito da sua autocura quando admite precisar de ajuda.
O sistema capitalista fracassou, e sua filosofia consumista está levando o planeta à bancarrota. A escola é uma reprodutora dos ideais capitalistas, é um de seus aparelhos ideológicos. A escola é uma fraude, uma sabotadora.
A escola vem ao longo dos anos sabotando toda uma geração, tentando motivá-los, ou seja, incutindo nos indivíduos expectativas e desejos que jamais se realizarão, simplesmente porque não há lugar para eles nesse modelo de produção.
A escola vem tentando convencer galinhas, de que, podem se tornar avestruzes. Não consegue, e se pergunta onde está errando. O incrível é que não consegue encontrar a resposta. Isto porque realmente acredita que galinhas possam virar avestruzes, e se não conseguem é porque lhes falta vontade. Nesse caso a culpa do insucesso é das galinhas.
Ora, galinhas se realizam desenvolvendo as potencialidades da sua espécie, assim como todas as demais espécies, incluindo o ser humano.
É hora de pararmos com a hipocrisia de querermos ensinar proletários a pensar como burgueses. A burguesia não é mais modelo nem mesmo para sua descendência, pois os filhos da burguesia estão preferindo se drogar a herdar a superficialidade de seus pais. No fundo apenas optam pelas drogas ilícitas rejeitando as drogas instituídas.
Salvemos nossos jovens, salvemos o planeta, salvemos a nós mesmos. Comecemos a falar da vida real. Construamos um mundo real. Pensemos juntos, um modo de vida sustentável. E viável para todos.
Pensemos uma escola que faça o indivíduo pensar a partir do que ele é. Não mais, do que se espera que ele seja.
Felizmente uma revolução silenciosa vem acontecendo à revelia do sistema educacional. Os jovens estão naturalmente recusando as antigas estruturas, são eles os protagonistas das grandes alterações políticas que estão se processando em todo o globo, em particular na América Latina, e se fortalecendo ainda mais com a eleição de Barac Obama nos Estados unidos.
Essa geração se põe acima dos preconceitos tradicionais e apostam no novo, como não há nada de novo debaixo do sol, estão apostando no velho reformado. Ora falo da “antiga” bandeira do socialismo que foi capaz de se renovar, atualizar-se e principalmente humanizou-se.
Desesperadamente a mídia capitalista tenta conter este movimento resgatando a fotografia em preto e branco de um sistema totalitário que se intitulava socialismo, mas que se utilizou da mesma lógica imperialista do capitalismo e se autodestruiu.
Socialismo é sinônimo de solidariedade, companheirismo, paz e amizade. E esta é linguagem que os jovens estão aprendendo a falar, por ser uma linguagem globalizada, a linguagem do seu tempo.

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